sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
VI FÓRUM SERÁ EM PORTO ALEGRE
CCEPA
sediará o VI Fórum do Livre Pensar Espírita
Na tarde do dia 29 de novembro último, Homero Ward da Rosa (foto), presidente da
Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA reuniu-se com alguns dirigentes
do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
Na oportunidade, Homero formalizou o convite
para que o CCEPA organize e sedie o VI
Fórum do Livre Pensar Espírita, em data a ser definida do ano de 2014.
A ideia inicial é que a temática central do
evento analise a inserção do espiritismo na contemporaneidade. A partir dessa
proposta, discute-se no âmbito da CEPABrasil a denominação do tema do evento.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
UNIDADE
Por instinto tem o homem a crença no futuro,
mas não possuindo até agora nenhuma base certa para defini-lo, a sua imaginação
fantasiou os sistemas que deram causa à diversidade de crenças. A Doutrina
Espírita sobre o futuro - não sendo uma obra de imaginação mais ou menos
arquitetada engenhosamente, porém o resultado da observação de fatos materiais
que se desdobram hoje à nossa vista congraçará, como já está acontecendo, as
opiniões divergentes ou hesitantes e trará gradualmente, pela força das coisas,
a unidade de crença sobre esse ponto, não mais baseada em simples
hipótese, mas na certeza. A unificação feita relativamente à sorte futura das
almas será o primeiro ponto de contacto dos diversos cultos, um passo imenso
para a tolerância religiosa em primeiro lugar e, mais tarde, para a completa
fusão.
Allan Kardec
O CÉU E O INFERNO
1ª Parte - Cap. I - ítem 14
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
CCEPA NA MIDIA
Lições de Nairóbi e
de Roma
Milton R. Medran
Moreira *
Não existe pior tirania que a da fé. Quando e onde se a coloca como instância
mais importante da vida, todo o restante, inclusive a vida, deixa de ter
qualquer significado. Por isso, fé e liberdade, democracia e fé, assim como fé
e igualdade ou fraternidade e fé, são incompatíveis, desde que o objeto da fé
extrapole os valores humanos.
Repetir com Protágoras que “o homem é a
medida de todas as coisas” não implica, necessariamente, em inadmitir a
existência de uma ordem superior ou uma inteligência suprema às quais todo o
universo se conforme. Entretanto, dicotomizar a vida entre o natural e o
sobrenatural, sacralizando este e a ele subordinando a natureza humana é, em
qualquer circunstância, sobrepor a barbárie à civilização. É investir na
perpetuidade do império do fanatismo em detrimento do reinado da razão e dos
sentimentos, conquistas que fomos amealhando, aprimorando e consolidando no
processo evolutivo.
Quando o Papa Francisco afirma
não ser de sua competência ou da Igreja que preside julgar ou condenar os
homossexuais, quando acena para atitudes de compaixão em vez de condenação a
quem pratica o aborto, quando dá mostras da possibilidade de revisão de temas
como divórcio, celibato clerical, pluralismo religioso, diálogo com não
crentes, ou quando sugere que mulheres, tanto como os homens, participem da hierarquia
eclesiástica, o bispo de Roma se despe dos paramentos que o ligam a uma
hipotética ordem sobrenatural para revestir seu espírito da concretude humana.
É somente nesse terreno que podemos, todos, nos reconhecer verdadeiramente
irmãos e, nessa condição, buscarmos caminhos, por certo plurais, de
transcendência dessa provisória, mas natural, realidade para outros estágios
sonháveis e possíveis, mas sempre naturais. Espiritualidade, para ser genuína,
não pode se apartar da natureza, porque o espírito é sua parte integrante.
Toda a realidade até aqui
conhecida pelo ser humano tem a exata dimensão do homem. Todos os valores
éticos até aqui construídos, assimilados e normatizados são obra humana,
conquistas às vezes duramente obtidas apesar da religião e, mesmo, contra ela.
Religião que não se dobra à primazia da razão humana se faz desumana, no
sentido que a modernidade conferiu a esse adjetivo, dando-lhe a sinonímia de
cruel. Escudar-se em presumíveis razões divinas contrárias à razão assimilável
pela inteligência humana para legislar, julgar, sentenciar e executar pessoas é
confiscar o poder divino. É que a única forma de pensarmos e sentirmos o divino
é perscrutando-o na razão e nos sentimentos humanos, medida de que dispomos
para auscultar o bom e o belo.
Quando todos formos
verdadeiramente humanos, como, reconheça-se, está buscando Francisco sê-lo, não
mais haverá lugar para tragédias como a do Westgate Mall de Nairóbi. E, então,
talvez, ninguém mais precise de religião, porque esta terá se conformado aos
autênticos anseios humanos, reflexos da presença divina na natureza inteira.
*Procurador de
Justiça aposentado e jornalista. Presidente do Centro Cultural Espírita de
Porto Alegre.
Artigo publicado no
jornal “ZERO HORA” de Porto Alegre em 25/09/2013
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
CCEPA NA MIDIA
SEJA VOCÊ A MUNDANÇA
Era um homem de uns 70 anos. No
canteiro central da avenida, preparava-se para atravessá-la. Em meio à grama,
havia uma sacola plástica, jogada, quem sabe, por algum irresponsável.
Tranquilamente, apanhou-a e, já no outro lado, depositou-a numa lixeira junto à
calçada.
Quantas pessoas, no mesmo dia,
teriam pisado naquela sacolinha? Talvez eu próprio o tenha feito, segundos
antes. Mas, só ele tomou uma atitude para evitar que o material poluente fosse,
com a próxima chuva, despejado no arroio Dilúvio, dali desembocando no Guaíba,
a caminho de seu destino final: o fundo do oceano, junto a toneladas de lixo.
Vendo a cena, lembrei-me de
conselho do pacifista indiano Mahatma Ghandi, uma das maiores personalidades do
Século XX: “Seja você a mudança que deseja para o mundo”.
Todos dizemos desejar a paz, a
harmonia social e familiar. Sonhamos com um mundo onde impere a honestidade,
livre de violência, roubo ou corrupção. Todos estamos de acordo com a
preservação do meio ambiente. Queremos manter a Mãe Terra saudável para receber
as próximas gerações, das quais nós mesmos talvez façamos parte, pois aqui,
reencarnamos muitas vezes. Normalmente, demonstramos isso fazendo e
reivindicações, especialmente a nossos homens públicos. Deles cobramos atitudes
honestas, coerentes e saudáveis. Nem sempre, porém, fazemos a nossa parte.
O homem que vi apanhando a sacola plástica no canteiro
da avenida demonstrou conhecer uma lei fundamental da vida: somos todos parte
de um todo. Um a um, nossos pensamentos e ações influem positiva ou
negativamente no universo inteiro. Cada um de nós é agente das mudanças que
todos desejamos.Milton Medran Moreira
Crônica publicada no jornal Diário Gaúcho de 17.09.2013
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
CEPABrasil NO ENCONTRO DE RAFAELA
Integrantes da Associação Brasileira de
Delegados e Amigos da CEPA – CEPABrasil – tiveram destacada participação no III
Encuentro de CEPA en Argentina.
Do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre
estiveram presentes ao evento seu presidente Milton Medran Moreira, com a esposa Sílvia. Medran foi um dos integrantes do painel de abertura, no
Teatro Lasserre, “Mitos e Verdades do Espiritismo”.
De Sumaré, SP, esteve presente Eva Gonçalves de Almeida (foto) que apresentou
o tema “Grupo Espírita Judas Iscariotes: um diferencial dentro do espiritismo”.
A presidente da CEPABrasil, Alcione
Moreno (São Paulo-SP) foi expositora do tema “Sexualidade e Espiritismo”.Também
de São Paulo, Jacira Jacinto da Silva
compareceu ao evento com o tema “Sociedade, Criminalidade e Direitos Humanos”.
De Santos, SP, Paulo Muniz contribuiu
com o trabalho “O uso das tecnologias leves a serviço do bem-estar das
pessoas”. Também da cidade de Santos, Alexandre Cardia Machado e
Cláudia Regis Machado foram expositores do trabalho “Gabinete
Psicomediúnico – uma experiência de
saúde emocional”.
Finalmente, Mauro de
Mesquita Spínola (foto), presidente do CPDoc, São Paulo-SP, ofereceu aos 240 participantes
do “Encuentro” um trabalho sobre “Reencarnação numa visão laica e
livrepensadora”. Também integrou a delegação brasileira ao Encontro Delma Crotti, de Guarulhos,SP.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
ESPIRITISMO LAICO E HUMANIZAÇÃO DO NASCIMENTO
Espiritualidade
Ricardo H. Jones - Médico ginecologista e Obstetra
A vinculação dos humanistas do nascimento com o espiritualismo é realmente interessante, como foi observado pela pesquisadora Nia Georges quando esteve no Brasil com Robbie Davis Floyd para pesquisar os humanistas que lutam pelo protagonismo restituído às mulheres. Com exceção de alguns poucos colegas, explicitamente ateus, eu acho que a imensa maioria dos humanistas do nascimento tem convicções teleológicas (não necessariamente religiosas, como eu). E, vejam bem, eu tenho um profundo respeito pelos ateus (meus irmãos são e meu filho também). Essa vinculação pode, talvez, ser explicada pela vertente psicológica e metafísica. Observar o nascimento é "uma bofetada no niilismo", me dizia Max. É muito difícil assistir o nascimento de uma criança e não vislumbrar que existe algo por detrás do meramente manifesto aos sentidos grosseiros. Existe uma magia que se esconde em cada gesto, em cada palavra e em cada olhar. O parto, assim visto, se assemelha muito mais a um reencontro do que com uma chegada. No meu caso específico, essa vinculação espiritualista foi quase visceral. Meu pai foi presidente da Federação Espírita do RS por muitos anos e é, segundo minha visão, um dos melhores pensadores espíritas contemporâneos. Ele foi um dos criadores do "espiritismo laico" no Brasil, o que o fez romper com a oficialidade do movimento espírita. Foi cofundador do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (CCEPA), voltado ao estudo filosófico e científico do espiritismo. Abandonou por completo suas convicções religiosas (mas não teleológicas), a partir do estudo do próprio Kardec, nas publicações da Revue Espirite. Curioso (ou esclarecedor) é perceber que ambos (eu e ele) fazemos parte de movimentos contra-hegemônicos que visam a autodestruição.
Explico: em sua visão otimista do "porvir" do pensamento
espírita não haverá necessidade de existir um "movimento
espiritualista". Tamanha será a convicção da comunidade científica e a
obviedade dos seus postulados que será desnecessário um movimento para
sustentá-lo. Seria como existir um movimento pela "Lei da Gravidade",
ou "Pelo Direito a Escola", ou "Pelo Direito das Mulheres
Trabalharem". Sua visão otimista é de que a ciência vai acabar provando a
sobrevivência da alma, o que vai modificar sobremaneira a visão que temos da
vida, da temporalidade e da própria medicina. Sua visão se assemelha ao
otimismo de Gene Rodenbery, criador de Jornada nas Estrelas, que vaticinou que
o progresso científico levaria à fraternidade e à busca de valores mais nobres.
Tecnologia vencendo o egocentrismo recalcitrante. Assim, o próprio movimento
planeja seu extermínio, ao sair da periferia das ideias em direção ao centro;
saindo da antítese e rumando para a síntese, numa abordagem Hegeliana. O mesmo
ocorreria com o movimento de humanização. Com o progredir do conhecimento
científico e a falência gradual das posturas mitológicas, com o concomitante
desaparecimento dos vaidosos propagadores de verdades privadas, será
desnecessário "lutar" por modificações estruturais e práticas que já
se estabeleceram no discurso cotidiano. Com isso a "seara luminosa que
estamos aos poucos traçando, rumo ao porvir obstétrico redentor" vai
significar o nosso desaparecimento enquanto rede e grupo.
E viva o fim da ReHuNa, da Parto do Princípio e de todos os grupos e
ONGs que lutam por algo que um dia será tão banal que será desnecessário lutar
!!! Nesse dia, lá longe no "porvir obstétrico", a luta dos
apaixonados pelo nascimento será outra. E quem pode dizer qual será? Pelo
direito aos alienígenas de Alfa centauro de parirem de 6 (não dão a luz de 4
porque tem seis membros articulados)? Ou pelo direito a que a mulher escolha o
pai do seu filho por amor, e não a partir de diagramas de compatibilidade
genética?
Quem sabe o que virá?
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