quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ALCIONE E SALOMÃO REELEITOS NA CEPABrasil


Por ocasião do XII Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita (Santos/SP, 11 a 14/11/11), foram reeleitos para a presidência e vice-presidência da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA, respectivamente, os companheiros Alcione Moreno (São Paulo) e Salomão Jacob Benchaya (Porto Alegre).
A Assembleia Geral, foi realizada na noite de 12 de novembro, quando, por unanimidade, ficou constituída a seguinte Diretoria para o biênio 2011/2013:
Presidente: Alcione Moreno; Vice-presidente: Salomão Jacob Benchaya; Secretário: Homero Ward da Rosa; Tesoureira: Maria Luiza Rossi. O Conselho Fiscal eleito é composto pelos associados Margarida da Silva Nunes, Homero, Delma Crotti e Eva Gonçalves Alves. Suplentes do Conselho Fiscal: Vital Cruvinel, Geraldo Spinola e Mauricy Antônio da Silva (foto).
No final da Assembleia, saudando os novos dirigentes, o Delegado da CEPA em Guarujá/SP, Ricardo Nunes fez menção especial ao trabalho desenvolvido pela gestão que finda. Para ele, faz-se inteira justiça em reconduzir Alcione ao cargo de presidenta, pois ela, como ninguém, reúne duas qualidades fundamentais: competência e afabilidade.

Jaci, o grande homenageado do Simpósio
Com a presença e participação ativa de cerca de 100 pensadores espíritas de diferentes Estados do Brasil, e tendo a participação de uma delegação argentina composta por Dante López, Gustavo Molfino, Raúl Drubich e Claudio Drubich (todos integrantes da Diretoria da CEPA), o XII Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita foi marcado pela emoção e por muitas homenagens a Jaci Regis, criador do evento.
O Instituto Cultural Kardecista e a família Regis, organizadores do Simpósio, ratificaram a disposição de dar seguimento a esse importante evento que se realiza de dois em dois anos com importantes contribuições ao progresso das ideias espíritas.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A MORTE ANTE O ENIGMA DA VIDA

A morte é provavelmente a maior invenção da vida. Steve Jobs

     A morte do bem-sucedido empreendedor norte-americano Steve Jobs, mês passado, acabou por resgatar aspectos interessantíssimos de sua vida. A ampla divulgação de um discurso por ele pronunciado em 2005 a formandos da Universidade de Stanford revelou seu profundo discernimento acerca do fenômeno da vida e da morte. Contou que ao se saber portador de um câncer de que foi acometido ainda relativamente jovem, decidiu pôr em prática o ensinamento de que se deve viver cada dia como se fosse o último da vida. Lembrando que ninguém quer morrer, mesmo aqueles que acham que vão para o Paraíso, seu discurso, no entanto, sugere que a morte deve ser tema de reflexão diária, além de estímulo a uma vida correta e útil.

     Antes de Jobs, importante filósofo patrício seu, George Santayana, escreveu que o verdadeiro valor de uma filosofia deve ser medido pela forma como ela encara a morte, Talvez esteja aí a razão pela qual a filosofia espírita, busque, legitimamente, entre nós, assumir merecida relevância cultural e social . Como costumava dizer o insigne escritor, orador e pesquisador espírita brasileiro, Henrique Rodrigues, à luz da filosofia espírita, morte não é o contrário de vida. Se quisermos buscar um antônimo para morte, poderemos encontrá-lo no termo nascimento, pois, na verdade, tanto este como a morte são meros episódios inerentes à vida.          

     Pensar a vida no contexto de uma filosofia dinâmica e evolucionista é, mais do que vê-la apenas como continuação da vida, tal qual pregam as religiões. É contemplá-la dialeticamente como nascimento-morte-renascimento, etapas da necessária e permanente renovação do espírito. Nesse sentido, foi, igualmente, precisa a mensagem deixada por Steve Jobs aos universitários de Stanford, aos definir a morte como “o agente de mudanças da vida”, na medida em que “remove o velho e abre caminho para o novo”.

     Enfim, é preciso convir que nada é inútil na vida. Tudo tem seu lugar e significação, muito embora, na posição em que, eventual e provisoriamente, nos encontremos, nem sempre possamos avaliar a importância de um evento. Não é diferente com a morte. O ser humano só poderá aquilatar sua significação quando estiver em condições de decifrar o ainda, para a maioria, enigmático fenômeno da vida.

Milton Medran Moreira  
Advogado e jornalista. Diretor do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
(Artigo publicado no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, em 1º.11.2011)