"Se os hereges pudessem ser queimados vivos nos dias de hoje, os cientistas - sucessores dos teólogos, que queimavam qualquer um que negasse a existências das almas no século XVI - hoje queimariam aqueles que afirmam que elas existem".
Ian Stevenson
Referência obrigatória quando o assunto é reencarnação, a magnífica obra de investigação sobre fenômenos de percepção extra-sensorial realizada pelo Dr. Ian Stevenson deixou profunda impressão, principalmente, entre os estudiosos de espiritismo no Brasil que, a partir da publicação em português de seu mais conhecido livro, passaram a ter mais respeito e interesse pela investigação e documentação dos fenômenos espíritas.
Nascido em 31 de maio de 1918 na cidade de Montreal no Canadá, radicou-se nos Estados Unidos e começou a destacar-se nos meios acadêmicos quando, na direção do Departamento de Medicina Psiquiátrica da Universidade de Virgínia teve, em 1960, sua atenção despertada para o caso de um menino no Sri Lanka que dizia lembrar-se de sua vida passada. A pesquisa deste caso impressionou fortemente o Dr. Stevenson convencendo-o de que a reencarnação era, possivelmente, uma realidade. Na medida em que outros casos foram surgindo ele decidiu centralizar suas pesquisas na exploração deste território fascinante e desconhecido, até então, excluído da observação científica.
A publicação dos seus primeiros artigos sobre o assunto despertou o interesse do inventor das máquinas Xerox, Chester Carlson, que financiou, em 1961, a primeira pesquisa de campo na Índia e no Sri Lanka onde pôde identificar e estudar cerca de 25 casos de lembranças espontâneas de vidas passadas em crianças, adicionando argumentos a sua teoria segundo a qual a reencarnação seria um terceiro fator que, juntamente com as influências hereditárias e ambientais, determinam o desenvolvimento do caráter.
Em 1963 Chester Carlson morre subitamente e deixa, em testamento, um milhão de dólares para a criação de uma cadeira específica na Universidade de Virgínia e mais um milhão para o próprio Dr. Stevenson prosseguir suas pesquisas sobre reencarnação. Este fato tornou possível a criação, por Stevenson, da Divisão de Estudos da Personalidade, único departamento acadêmico no mundo dedicado ao estudo das memórias de vidas passadas, experiências de quase morte e outros fenômenos paranormais. A partir daí, com os recursos a sua disposição, viajou por todo o mundo examinando casos e reunindo elementos para sustentação da sua tese. Em 1962 esteve no Brasil pesquisando sete casos, dois dos quais, identificados no interior do Rio Grande do Sul, fazem parte do livro “20 Casos Sugestivos de Reencarnação” publicado em 1966. O lançamento desta obra no Brasil em 1971 encontrou enorme receptividade no meio espírita, popularizando, entre nós, um autor somente conhecido nos meios acadêmicos. Em 1972 esteve novamente no Brasil a convite do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas dirigido pelo Eng. Hernani Guimarães Andrade (1913/2003) também pesquisador reconhecido no mundo e seu parceiro em muitas pesquisas.
Ian Stevenson publicou centenas de artigos na imprensa especializada e cerca de dez livros abordando, principalmente, temas relacionados à memória extra cerebral. Destaque especial merece a sua obra em dois volumes “Reencarnação e Biologia”, uma contribuição para o estudo da etiologia das marcas e defeitos de nascimento, publicada em 1997.
A desencarnação deste grande homem de ciência em 8 de fevereiro de 2007, somada às perdas do nosso Hernani G. Andrade em 2003 e do professor indiano Hemendras Nat Banerjee da Universidade da Rajasthan - Índia em 1985 deixa um espaço vazio que dificilmente será preenchido em curto prazo. A importância de suas pesquisas para a lenta, mas crescente aceitação da teoria espírita, mesmo nos meios acadêmicos não é ignorada e jamais será esquecida pelos estudiosos de espiritismo no Brasil.
Nascido em 31 de maio de 1918 na cidade de Montreal no Canadá, radicou-se nos Estados Unidos e começou a destacar-se nos meios acadêmicos quando, na direção do Departamento de Medicina Psiquiátrica da Universidade de Virgínia teve, em 1960, sua atenção despertada para o caso de um menino no Sri Lanka que dizia lembrar-se de sua vida passada. A pesquisa deste caso impressionou fortemente o Dr. Stevenson convencendo-o de que a reencarnação era, possivelmente, uma realidade. Na medida em que outros casos foram surgindo ele decidiu centralizar suas pesquisas na exploração deste território fascinante e desconhecido, até então, excluído da observação científica.
A publicação dos seus primeiros artigos sobre o assunto despertou o interesse do inventor das máquinas Xerox, Chester Carlson, que financiou, em 1961, a primeira pesquisa de campo na Índia e no Sri Lanka onde pôde identificar e estudar cerca de 25 casos de lembranças espontâneas de vidas passadas em crianças, adicionando argumentos a sua teoria segundo a qual a reencarnação seria um terceiro fator que, juntamente com as influências hereditárias e ambientais, determinam o desenvolvimento do caráter.
Em 1963 Chester Carlson morre subitamente e deixa, em testamento, um milhão de dólares para a criação de uma cadeira específica na Universidade de Virgínia e mais um milhão para o próprio Dr. Stevenson prosseguir suas pesquisas sobre reencarnação. Este fato tornou possível a criação, por Stevenson, da Divisão de Estudos da Personalidade, único departamento acadêmico no mundo dedicado ao estudo das memórias de vidas passadas, experiências de quase morte e outros fenômenos paranormais. A partir daí, com os recursos a sua disposição, viajou por todo o mundo examinando casos e reunindo elementos para sustentação da sua tese. Em 1962 esteve no Brasil pesquisando sete casos, dois dos quais, identificados no interior do Rio Grande do Sul, fazem parte do livro “20 Casos Sugestivos de Reencarnação” publicado em 1966. O lançamento desta obra no Brasil em 1971 encontrou enorme receptividade no meio espírita, popularizando, entre nós, um autor somente conhecido nos meios acadêmicos. Em 1972 esteve novamente no Brasil a convite do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas dirigido pelo Eng. Hernani Guimarães Andrade (1913/2003) também pesquisador reconhecido no mundo e seu parceiro em muitas pesquisas.
Ian Stevenson publicou centenas de artigos na imprensa especializada e cerca de dez livros abordando, principalmente, temas relacionados à memória extra cerebral. Destaque especial merece a sua obra em dois volumes “Reencarnação e Biologia”, uma contribuição para o estudo da etiologia das marcas e defeitos de nascimento, publicada em 1997.
A desencarnação deste grande homem de ciência em 8 de fevereiro de 2007, somada às perdas do nosso Hernani G. Andrade em 2003 e do professor indiano Hemendras Nat Banerjee da Universidade da Rajasthan - Índia em 1985 deixa um espaço vazio que dificilmente será preenchido em curto prazo. A importância de suas pesquisas para a lenta, mas crescente aceitação da teoria espírita, mesmo nos meios acadêmicos não é ignorada e jamais será esquecida pelos estudiosos de espiritismo no Brasil.
Maurice Herbert Jones
Nenhum comentário:
Postar um comentário