
Que fenômeno é esse que leva tanta gente a se interessar por produções com temáticas espíritas, como é o caso de “Escrito nas Estrelas”, da Rede Globo? Não é apenas um fenômeno brasileiro. Basta recordar o êxito de “Ghost” e outras tantas produções americanas que tratam da vida depois da vida e da possibilidade de comunicação com espíritos. Tanto assim que “Nosso Lar” já figura como possível candidato ao Oscar de filmes estrangeiros.
Nossa consciência sobrevive à morte? Para onde vamos, então? De onde estivermos poderemos nos comunicar com aqueles que aqui estão? Por séculos, essas questões estiveram aprisionadas nos dogmas religiosos. A ciência delas não tratava. As religiões fecharam-nas no quarto escuro do mistério e guardaram a chave. Hoje, pesquisas avançadas sobre sobrevivência do espírito, comunicação e reencarnação rompem o mistério. Na outra ponta, a sensibilidade humana viaja, conduzida pela intuição, pelos amplos caminhos do sonho e da ficção. Nada mais fiel que a arte para retratar as profundas verdades que moram na alma humana. Os artistas são os precursores dos avanços e descobertas humanas. Ontem, eram os grandes pintores, os romancistas e os poetas. Hoje, se juntam a eles as produções do cinema e da televisão. É a arte imitando a vida. A verdadeira vida. A vida da consciência. A vida do espírito!
Milton Medran Moreira
Crônica publicada no jornal Diário Gaucho de Porto Alegre