quinta-feira, 20 de outubro de 2016

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

CCEPA NA MÍDIA

A busca da justiça
Milton Medran Moreira – Advogado e jornalista, diretor 
do Centro Cultural Esp[írita de Porto Alegre

Os leitores de Zero Hora se comoveram ao ver o desabafo de um pai, em página inteira, no dia em que se completavam 11 anos do assassinato do filho, sem que se tenha sequer identificado o responsável.

Em país, onde só cerca de 8% dos homicídios dão origem a processos criminais, diz-se: a justiça dos homens falha, mas a divina jamais. A dicotomia justiça divina/justiça humana pode ser consoladora, mas não aplaca a dor de quem vê se perenizar a impunidade. Afinal, nem todos creem em Deus ou em algum sistema infalível de justiça a se operar após a morte.

Seria possível conceber uma justiça infalível? Só mesmo numa sociedade em tudo o mais infalível, e composta de infalíveis indivíduos. Aí estamos falando em perfeição, que ninguém ousa atribuir a um indivíduo ou a qualquer comunidade deles.

Estaríamos, então, condenados ao caos? Se os mecanismos da vida não asseguram a realização da justiça, a vida não tem sentido. Parafraseando Dostoievski, cujos personagens de Os Irmãos Karamazov afirmam que "se não existe Deus, tudo nos é permitido", poderíamos apregoar: se a justiça não existe, tudo está liberado.

O jeito de sair disso não está exatamente na fé numa divindade apta a compensar, tão logo morramos, todas as injustiças aqui cometidas, mas na crença da perfectibilidade do ser humano, sujeito a uma lei natural de evolução a se operar gradualmente pelas instâncias todas da vida. Superar o dualismo vida/morte pela dialética nascer/morrer/renascer/progredir sempre, permite vislumbrar a perfectibilidade da justiça. 

Fora disso, só restam duas alternativas: negar a existência da justiça como valor inerente à vida, ou relegá-la a dimensões para além do humano. Se inviável sua realização, inviáveis também o perdão e a tolerância que o humanismo nos legou. Quando não alcançável a justiça, sobrará apenas o desejo de vingança, mesmo que dissimulado em justiça.
Por certo, não é o que quer aquele pai, mas é o que a sociedade estimula, quando descura do dever de, permanentemente, buscar a justiça, alimentando a crença de ser ela humanamente viável sem que, para isso, se tenha de ferir a dignidade humana.


Artigo publicado no jornal ZERO HORA de Porto Alegre em 10.10.2016

domingo, 2 de outubro de 2016

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

CCEPA NA MÍDIA

O pacto esquecido
Milton R. Medran Moreira: Procurador de Justiça aposentado, diretor do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.

O Estado não pode impedir que alguém tome um táxi e, no percurso, sequestre e mate seu motorista. Mas o Estado pode e deve criar condições para que não transitem pelas ruas de uma cidade pessoas capazes de praticar tais atos. Aliás, é justamente para isso que existe o Estado.

A liberdade de ir e vir talvez seja o elemento que melhor caracteriza o conceito de civilização. Civilização vem do termo latino "civitas", cidade. Define o locus em que convivem e se movimentam os cidadãos. É o espaço público cuja criação teve como pressuposto o que os filósofos chamaram de pacto social. Para viabilizá-lo, o ser humano, até então tido como o próprio "lobo do homem", precisou renunciar a alguns direitos de que se julgava detentor: o de destruir o outro para preservar seu próprio espaço, o de revidar com igual violência as agressões de que se julgava vítima, o de ser, enfim, legislador, julgador e executor de suas conveniências.

Não fosse esse hipotético pacto, não haveria Estado, não precisaríamos de governo, de juízes e de executores das leis que regulam nossa convivência. Não haveria civilização, enfim.

Numa extremada simplificação — mas à qual convém recorrer em momentos de crises graves como a que estamos vivendo —, ao Estado cabe precipuamente definir quem pode e quem não pode circular livremente pela civitas. E dela retirar os que não se habilitaram ainda à civilização.

O "ainda" do período anterior entenda-se como expressão da mais otimista crença no ser humano. É adesão à corajosa assertiva socrática de que ninguém é deliberadamente mau. Amor, bondade, solidariedade são qualidades intrinsecamente humanas. Repousam no seu espírito imortal e ali dormitam, às vezes, por milênios, à espera de serem despertadas. À educação competirá tirá-las do sono, burilá-las e qualificá-las, habilitando o indivíduo ao convívio civilizatório.

Quando, vencido o egoísmo, firmamos o contrato social, estávamos certos de que o Estado seria o agente primordial dessa tarefa. Não podemos ter-nos enganado. E não nos conformamos que o Estado nos engane.


Artigo publicado no jornal ZEO HORA de Porto Alegre em 14/09/2016

terça-feira, 31 de maio de 2016

XXII CONGRESSO ESPÍRITA PAN-AMERICANO

DURANTE O CONGRESSO REALIZADO NA CIDADE DE ROSARIO - ARGENTINA, A JUIZA BRASILEIRA JACIRA JACINTO DA SILVA FOI ELEITA PRESIDENTE DA CEPA-  ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA INTERNACIONAL, NOVA DENOMINAÇÃO DA CONFEDERAÇÃO ESPÍTITA PAN-AMERICANA.


segunda-feira, 9 de maio de 2016

sábado, 30 de abril de 2016

CCEPA 80 ANOS – 1936/2016

Colaboradores e amigos do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre reuniram-se festivamente no dia 23 de abril para comemorarem o 80º aniversário da instituição.
Depois da abertura da reunião e dos comentários do presidente Salomão J. Benchaya, manifestaram-se vários companheiros presentes, destacando-se o presidente da CEPABrasil Homero Ward da Rosa e o ex-presidente da CEPA Milton Medran Moreira, todos destacando o papel histórico desta pequena sociedade na permanente busca de um espaço para o desenvolvimento de um espiritismo laico, dinâmico, progressista e livre-pensador.


Abaixo alguns flagrantes do encontro na sede do CCEPA:

Abertura do encontro com Homero, presidente da CEPABrasil, Salomão Benchaya e Milton Medran Moreira























Manifestação do presidente da CEPABrasil, Homero Ward da Rosa
Manifestação da Pedagoga Dirce Habckost de Carvalho Leite


Jones e o bolo na confraternização

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

DIVULGADOR 2015

CCEPA OPINIÃO AGRACIADO
COM SELO “Divulgador 2015”

O jornal CCEPA OPINIÃO, editado pelo Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, acaba de ser agraciado com o selo digital “Divulgador 2015”, distinção instituída pela Agência KPC de Notícias Espíritas (João Pessoa/PB). Na categoria “jornais”, o órgão oficial do CCEPA foi contemplado, juntamente com estes outros periódicos espíritas: O Sol Nascente (RJ); ComunicaAção Espírita (PR); Correio Fraterno (SP); O Clarim (SP);Brasília Espírita (DF); Verdade e Vida (SP); O Mensageiro (SP); Lampadário Espírita (PE).

De acordo com a gazeta digital “Kardec Ponto Com”, editada mensalmente por aquela agência noticiosa, a seleção foi feita segundo escolha livre da comissão composta por Carmem Barros (PB), Saulo Rocha (PE), Jorge Santana (SP), J. J. Torres (DF), Ondina Alverga (BA) e Marcos Toledo (RN).  O selo simboliza “o reconhecimento pelo trabalho bem feito”.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016