terça-feira, 22 de junho de 2021

Maurice Herbert Jones (1929 – 2021)

 


Desencarnou na tarde de domingo, 20.06.2021, em Porto Alegre, aos 92 anos, Maurice Herbert Jones, que se encontrava hospitalizado, desde 30.03.2021, para tratamento de um câncer. Por 55 anos, dedicou-se à Sociedade Espírita Luz e Caridade (SELC), hoje Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (CCEPA) do qual foi presidente por diversos mandatos, tendo participado, também, da Diretoria da Federação Espírita do Rio Grande do Sul (FERGS) no período de 1974 a 1985, como diretor do Departamento Doutrinário, Vice-Presidente e Presidente – nesta função, de 1978 a 1983. Também foi Assessor Especial da CEPA-Confederação Espírita Pan-americana, de 2000 a 2008. 

Jones se encontrava viúvo desde 16.01.2020, com a partida de sua esposa Elba e deixa os filhos Ricardo, Marcus, Rogério e Eunice, além de netos e bisneta, tendo participado das atividades do CCEPA, onde dizia ter seus melhores amigos, até março de 2020 quando as reuniões tiveram que ser suspensas devido à pandemia. 

O trecho que segue, com pequenas alterações, consta do livro “Da Religião Espírita ao Laicismo – a trajetória do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre” como pequena biografia desse extraordinário pensador: 

“Maurice Herbert Jones, filho de Samuel Herbert Jones e Maria Clotilde Thorpe Jones, nasceu na cidade de Gravatá no interior de Pernambuco em 3 de setembro de 1929. Aos cinco anos de idade transferiu-se, com a família, para o município de Osório no Rio Grande do Sul, onde seu pai passou a trabalhar como técnico da Secretaria de Agricultura do estado. 

Na adolescência passa a morar em uma pensão na cidade de Porto Alegre e matricula-se em uma escola técnica. Forma-se como técnico industrial em 1950 e, imediatamente, começa sua vida profissional na Companhia Estadual de Energia Elétrica, seu único emprego, onde se aposentou. Em 1954, a convite de seu pai, é admitido na maçonaria onde desenvolve atividade intensa até 1967, não por acaso, o ano em que assume compromisso prático com o espiritismo. 

Casa-se em 1958 com Elba Jones, sua companheira de toda vida, com a qual tem quatro filhos. Em 1964, depois de 14 anos de atividade profissional que exigia permanente movimentação por todo o estado, foi selecionado para participar da criação de um centro de formação e aperfeiçoamento profissional na sua empresa. Este fato foi marcante, pois além de participar, em duas ocasiões, de cursos de aperfeiçoamento pedagógico na França, o novo campo de trabalho, fascinante e desafiador, lhe permitia fixar residência em Porto Alegre onde planejara, com sua esposa, participar da instituição espírita mais próxima. Ambos, por coincidência, eram oriundos de famílias espíritas onde tiveram acesso à literatura espírita disponível na época, principalmente romances e a obra de André Luiz. 

Alguns dias depois da instalação da família no novo endereço, no final do ano de 1966, passeando pelos arredores defrontaram-se, em uma esquina próxima, com uma pequena e simpática construção com o letreiro SELC – Sociedade Espírita Luz e Caridade. Dois dias depois Jones, sem nenhuma experiência prática, se apresentava ao Presidente José Valejos Abreu oferecendo-se para qualquer atividade. Menos de dois anos depois, em 22 de outubro de 1968, com o afastamento, por motivos pessoais, do Presidente, Jones assume a presidência da SELC, marcando uma profunda mudança na trajetória da instituição. Descontentes com a nova dinâmica doutrinária, a maioria dos trabalhadores da casa vai, voluntariamente, se afastando. Nesse tempo de solidão chega, vindo do interior do estado, o casal Ismar e Ieda Vilhordo, ela médium qualificada, ambos dispostos a compartilhar o desafio de reerguer a instituição. Reuniam-se os dois casais no auditório, buscando descortinar caminhos e definir metas quando Ismar Vilhordo sugeriu: “Jones, vamos estudar espiritismo e comecemos pelo Livro dos Espíritos”. Essas quatro pessoas constituíram o primeiro grupo de estudos da casa e definiram a linha mestra que conduziria os próximos quarenta anos de sua história - a opção prioritária pelo estudo. 

Os demais acontecimentos e as pessoas neles envolvidas estruturam-se a partir dessa base conceptual. Nela ancora-se a permanente disposição para experimentar e mudar, a transformação em centro cultural, a filiação à CEPA e os exitosos programas de estudo sistematizado de espiritismo ali desenvolvidos, depois transplantados para a FERGS e, finalmente, para a FEB. 

Paralelamente a esses acontecimentos, Jones e esposa estabelecem contato com a Federação Espírita do Rio Grande do Sul participando de todos os eventos programados pela mesma. Em função desta presença constante Jones assume, a partir de 1974, a diretoria do Departamento de Estudos Doutrinários, depois a vice-presidência e, finalmente, em 1978, a presidência, exercida durante três mandatos consecutivos, passando-a, no início de 1984, para o companheiro Salomão Benchaya, também da SELC. Com Benchaya, Jones inaugura um período de intensa movimentação no Interior gaúcho, levando o Conselho Executivo da FERGS a se fazer mais presente no Estado, através da realização de cursos, seminários, palestras, consolidando a nova estrutura federativa implantada na gestão de Hélio Burmeister. É na sua gestão que, em julho/78, a FERGS lança, no Estado, a Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, mais tarde adotada pela Federação Espírita Brasileira, após memorável esforço empreendido por Jones para convencer o Conselho Federativo Nacional da importância de tal iniciativa. 

Em fins de 1985, pouco depois da apresentação de uma palestra promovida pela FERGS com o título “É o Espiritismo uma religião?” na qual expunha a opinião de Kardec sobre o tema, Jones, em pronunciamento no Conselho Federativo Estadual, pede demissão da vice-presidência que então exercia, argumentando que, sendo sua visão de espiritismo incompatível com a da maioria dos espíritas gaúchos, não se sentia mais em condição de representá-los. Com este ato, Maurice Herbert Jones encerrou sua atuação no movimento espírita organizado do Brasil, magoado com as atitudes anti-fraternas demonstradas por dirigentes e companheiros espíritas em razão dos questionamentos propostos pelo Conselho Executivo da FERGS com a publicação do nº 402 da revista “Reencarnação” sobre o Espiritismo ser ou não uma religião. 

A partir de então, ele e sua esposa, passam a se dedicar, exclusivamente, às atividades da SELC, das quais se afastam, no período de 1991 a 1999, na esperança de oferecer maior liberdade de ação a novas lideranças. Em 2000, reassume a Presidência do CCEPA, atendendo ao apelo do amigo Salomão Benchaya que havia sido designado para coordenar a realização, em Porto Alegre, do XVIII Congresso da CEPA, com o indispensável apoio logístico do CCEPA. Para tanto, toma a iniciativa de realizar a reforma da sede, que há muito se fazia necessária, executando-a no curto espaço de seis meses e na qual empregou expressiva parcela de recursos próprios. 

Com a eleição de Milton Medran para a presidência da CEPA, que passa a ter sua sede no CCEPA, em Porto Alegre, a convite deste, Jones assume a Assessoria para Assuntos Institucionais daquela Confederação. 

Maurice Jones, que pouco escreve – embora o faça com o mesmo tom instigante de suas palestras – é detentor de um estilo singular para falar em público. Aliás, ele não gosta de falar para grandes auditórios. Nas nossas andanças pelo Interior gaúcho, em tempos de FERGS, era comum ele sentir-se indisposto em razão da ansiedade diante do compromisso de alguma palestra. Seu estilo, como dizia, é singular. Chamou minha atenção, desde que o ouvi, pela primeira vez, em 1974, a naturalidade de sua exposição. Jones fala em público em tom coloquial, sem alterar a voz, não deixando de lado o cacoete de tocar a ponta do nariz com seu dedo médio. Mas é a acuidade de seu pensamento, a elucubração filosófica que lhe é tão peculiar, a sua racionalidade que beira, quase, o ceticismo, além de um refinado senso de humor que o tornam um tipo raro de expositor espírita. Em pequenos grupos, fica à vontade para desenvolver suas reflexões e seus questionamentos sobre qualquer tema, nunca se afastando da dialética na condução de seu raciocínio. Jamais o ouvi “pregando” o Espiritismo. Nem tampouco, estereotipando pessoas, instituições ou posições com as quais não concorda. 

Seu acurado senso estético e apurado bom gosto se refletem na beleza e funcionalidade da sede do CCEPA, nas logomarcas que criou – FERGS, CCEPA, CEPA, jornal OPINIÃO, boletim AMÉRICA ESPÍRITA etc.-, capas das publicações do CCEPA, cartazes e painéis. 

Sem nenhuma dúvida, Maurice Herbert Jones integra um seleto grupo de pensadores espíritas da atualidade.”

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Pesquisa do IBGE registra:

Brasileiro casa-se menos e se divorcia mais
Pesquisa anual Estatística do Registro Civil, divulgada no último mês de novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística registrou um decréscimo de casamentos oficiais e um aumento de divórcios. Os dados se referem ao ano de 2016.

                Nos casamentos, uma redução de 3,7%
                As estatísticas registraram um decréscimo de casamentos oficiais, tanto gays como heterossexuais, em 2016, na ordem de 3,7%, em relação a 2015. Os dados se referem exclusivamente a casamentos de papel passado, excluindo os acordos de uniões estáveis.
                Por outro lado, mantendo uma tendência que vem desde 1984 e se acentuou em 2010, quando a legislação tornou mais fácil o processo de divórcio, o ano de 2016 registrou um aumento de 2,38% dos divórcios, com relação ao anterior.
                A pesquisa também apurou que a duração média dos casamentos desfeitos é de 15 anos.
                Indissolubilidade, norma cristã que o espiritismo contrariou
                O princípio da indissolubilidade do casamento, segundo as igrejas cristãs, deriva da própria palavra de Jesus, em episódio relatado no Evangelho de Mateus,.19/6:“Não separe o homem o que Deus juntou”. Para os católicos o casamento é um sacramento de tal significado que, ainda hoje, é negada a administração de um outro sacramento, o da eucaristia, a  divorciados que se uniram a terceira pessoa.
                Historicamente, nos países de cultura cristã, por influência das Igrejas, as legislações civis tiveram enorme dificuldade em legalizar o divórcio. No Brasil, especialmente, ele só entrou para o ordenamento jurídico no ano de 1977, vencendo acirrada campanha contrária da Igreja.
                Na França, berço do espiritismo, o Código de Napoleão, de 1804, já previa o divórcio. Mas este, por pressão eclesiástica, foi revogado por lei de 1816, sendo restabelecido só em 1884. Antes disso, O Livro dos Espíritos, editado em 1857, já se posicionava firmemente a favor do divórcio. A questão 697 da edição definitiva da obra classificou a indissolubilidade do casamento como “uma lei humana” e não divina, e “muito contrária à Natureza”. A mesma questão assegurava que os homens poderiam modificar aquela lei, o que, na realidade, aconteceria, sucessivamente, em todo o Ocidente, nas décadas seguintes.
                Naquele mesmo ano de 1857, também a Inglaterra aprovava o divórcio, embora utilizando diferentes parâmetros morais para homens e mulheres. Segundo a escritora Millicent Garret Fawcett, no livro “O voto das mulheres” (1911), de acordo com a lei promulgada naquele ano, “o homem poderia obter a dissolução de seu casamento se ele pudesse provar um ato de infidelidade de sua esposa; porém uma mulher não poderia desfazer seu casamento a não ser que pudesse provar que seu marido fosse culpado não apenas de infidelidade, mas também de crueldade”.

                Em todos os países onde foi implantado, o divórcio estava sempre ligado à culpa de um dos cônjuges. Hoje, ele resulta, quase sempre, do ato de vontade de um ou de ambos os parceiros.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

ELEIÇÃO NA CEPABrasil

Jailson é o novo presidente da CEPABrasil

Como é de praxe, a Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA realizou, por ocasião do XV SBPE sua Assembleia Geral para eleição e posse de seus novos dirigentes.

O Conselho Executivo da entidade ficou assim constituído, para o biênio 2018/2019:

Presidente – Jailson Lima Mendonça.
Vice-Presidente: Matheus Laureano.
Secretário-Geral: Homero Ward da Rosa.
Tesoureira: Elisabete Marinho Monson Rodrigues.
Conselho Fiscal – Titulares:
Margarida da Silva Nunes, Maria Luisa Rossi e Marissol Castello Branco.
Suplentes:
Rodrigo Almeida Alves, Alcione Moreno e Delma Crotti.



Na foto, a partir da esquerda, a tesoureira, o presidente e o secretário-geral eleitos e empossados na Assembleia Geral da CEPABrasil


sexta-feira, 6 de outubro de 2017

NOTA DE REPÚDIO


NOTA DE REPÚDIO À INTOLERÂNCIA

       A Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – CEPABrasil,  por esta Nota, solidariza-se com o senhor  Eurípedes Higino Reis, filho do médium espírita Francisco Cândido Xavier, e com os demais familiares e admiradores de Chico Xavier,  relativamente a depredação covarde, anônima e sorrateira, do busto em sua homenagem, erigido no Cemitério São João Batista, em Uberaba (MG).  O episódio ocorreu no último sábado, dia 30 de setembro de 2017. De acordo com declarações do senhor Eurípedes, há suspeita de tratar-se de intolerância religiosa, eis que não é o primeiro ataque perpetrado contra a memória do médium e, ademais, três terreiros de umbanda foram atacados na última semana na cidade, provavelmente por fanáticos religiosos.

    É grave e preocupante o número de denúncias diárias sobre manifestações de intolerância de todo gênero em nosso País, acirrando o ódio e a violência.
            
      Ressaltamos que as liberdades de expressão e culto são garantidas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas (1948) e pela Constituição da República Federativa do Brasil (1988), o que reconhece direitos iguais e impõe respeito mútuo às pessoas, independentemente de crenças religiosas.

            A CEPABrasil, como associação espírita laica, livre-pensadora e humanista, repudia firmemente todo o tipo de intolerância e desrespeito movidos pelo fanatismo, fundamentalismo, racismo, sexismo, xenofobia, ou quaisquer outras visões preconceituosas ou estereotipadas, que impliquem cerceamento às liberdades fundamentais da pessoa humana, garantidas pela Constituição Federal e pelo regramento jurídico nacional.
                            
                                 Pelotas(RS), 03 de outubro de 2017
                                                 
                                  Homero Ward da Rosa
                                        
                                                    Presidente

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

CCEPA NA MÍDIA

Separação entre Estado e religião não pode sofrer retrocessos, diz jornalista

Para Milton R. Medran Moreira, diretor do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, questões que dizem com a fé devem ser construídas autonomamente no íntimo do educando. 

O Supremo Tribunal Federal acaba de perder a oportunidade de referendar o caráter laico do Estado brasileiro. A Procuradoria-Geral da República questionou a constitucionalidade de dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases que permite o ensino obrigatório, embora de matrícula facultativa, do ensino religioso nas escolas públicas. Por interpretação dada àquela lei, ministros de confissões religiosas são chamados a dar aulas de religião nas escolas públicas. Para a PGR, atenta contra a laicidade do Estado a docência, por ministros de uma religião, de seus dogmas em escolas públicas. Pretendia a ADI substituir o ensino confessional por conteúdos históricos das religiões, a cargo de professores públicos.

Apesar do brilhantismo com que o relator, ministro Luís Roberto Barroso, acolhia, em seu voto, a pretensão do Ministério Público Federal, a ação acabou julgada improcedente por seis a cinco.

Para Barroso, "cada família e cada igreja podem expor seus dogmas e suas crenças para seus filhos e seus fiéis sem nenhum tipo de embaraço". As escolas privadas também. Mas não a escola pública, que "fala para o filho de todos, e não para os filhos dos católicos, dos judeus, dos protestantes": "Uma religião não pode pretender apropriar-se do espaço público para propagar sua fé".

Mas, para a maioria, falaram mais alto do que a moderna razão laica e livre-pensadora vetustas tradições que teimam em manter amarrados entre si Estado e religião. Onde se poderia avançar, por decisão soberana da Corte Suprema, retrocedeu-se.

Sim, a lei não obriga o aluno a assistir às aulas de religião, cuja matrícula é facultativa. Mas, como se infere do voto de Barroso, a simples presença de ministro de uma entre tantas religiões em escola pública, ensinando seus dogmas, implica privilégio atentatório à liberdade de crer ou não crer. Questões que dizem com a fé devem ser construídas autonomamente no íntimo do educando. A religião, ainda que respeitáveis seus propósitos, há de se circunscrever ao espaço privado do lar ou dos templos. A educação, a partir de pressupostos de validade universal, deve ter seus parâmetros regulados e fiscalizados pelo Estado. Só assim se tornará efetivo o princípio vigente nas Constituições de todos os países democráticos, inclusive o nosso.

A separação entre Estado e religião (ou religiões, que, cá, proliferam tentando teocratizar o Estado) é fruto do iluminismo, conquista que não pode sofrer retrocessos. Aqui, sofreu, com o julgamento da ADI 4.439.

 Artigo publicado no jornal Zero Hora de Porto Alegre em 29.09.20

terça-feira, 5 de setembro de 2017

CEPABrasil - ELEIÇÃO 2017

      



     EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES 2017

Pelo presente Edital, de acordo o Art.28, II, do Estatuto associativo, convocamos os associados da CEPABrasil para as eleições referentes aos cargos de Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Tesoureiro, e Conselho Fiscal, da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – CEPABrasil. O cronograma estabelecido por esta Comissão Eleitoral, para a execução do processo eleitoral é o seguinte: no dia 05.09.2017, Divulgação do Edital de Convocação para as Eleições 2017; no dia 05.10.2017, data limite para a inscrição de chapas. O requerimento deverá ser endereçado à Comissão Eleitoral da CEPABrasil, indicando o nome dos candidatos, sendo um nome para cada cargo, a saber: Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral e Tesoureiro e seis nomes para compor o Conselho Fiscal, sendo que os três nomes mais votados serão empossados na condição de Conselheiros Titulares e os outros três nomes serão empossados na condição de Conselheiros Suplentes. O requerimento deverá ser assinado por um dos integrantes da chapa, que passará a ser o seu representante, conforme o previsto no Art. 29 e Parágrafo Único do Estatuto da CEPABrasil. A documentação deverá ser enviada para: Comissão Eleitoral da CEPABrasil, Rua: Rio de Janeiro, nº 31, Vila Belmiro, Santos, São Paulo, sede do CEAK- Centro Espírita Allan Kardec, podendo, ainda, ser enviada por meio eletrônico, via Internet, para: https://groups.google.com/forum/#!forum/cepabrasil; http://cepabrasil.blogspot.com; no dia 20.10.2017: Comunicação do deferimento ou a impugnação de registro de chapas (Art. 28, inc. V, do Estatuto); no dia 03.11.2017: realização da Assembleia Geral Ordinária de eleição e posse para os cargos de Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Tesoureiro, e membros titulares e suplentes do Conselho Fiscal da CEPABrasil, para o biênio 2017-2019, a realizar-se no auditório da ex-sede do Instituto Cultural Kardecista de Santos – ICKS, localizado na Av. Francisco Glicério, nº 261, em Santos(SP), a saber: 1ª Convocação às 18h00; 2ª e última Convocação às 18h30. A eleição ocorrerá por maioria simples de votos, através de sufrágio universal, direto e secreto. A votação será por chapa, não sendo permitido o voto nominal para cada cargo. O associado terá direito a um só voto, sendo vedado o voto por procuração, nos termos do Art. 30, §§1º e 2º do Estatuto da CEPABrasil.
Santos, SP, 05 de setembro de 2017.

COMISSÃO ELEITORAL:
Alcione Moreno;
Margarida Nunes;
Ricardo de Morais Nunes


terça-feira, 9 de maio de 2017

CEPABrasil - Reunião der Diretoria





EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO DE DIRETORIA

Pelo presente Edital, convocamos os associados da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da Confederação Espírita Pan-Americana – CEPABrasil, para a Reunião de Diretoria a realizar-se no dia 05 de Julho de 2017, às 18h00, na sede do Centro Espírita Allan Kardec, CEAK, localizado na Rua: Rio de Janeiro nº 31, Vila Belmiro, Santos-SP, ocasião em que, nos termos do artigo 27 do Estatuto Associativo da CEPABrasil, será nomeada a Comissão Eleitoral para organizar e conduzir a eleição que elegerá os novos Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Tesoureiro e os integrantes do Conselho Fiscal, da citada Associação, todos com mandato a ser exercido durante o biênio 2017-2019.

                                    Santos-SP, 09 de maio de 2017

                                        Homero Ward da Rosa                                                                                                                        Presidente    

sábado, 11 de fevereiro de 2017

VOCÊ JÁ FOI À BAHIA? ENTÃO VÁ.

AGENDE-SE. SALVADOR NOS AGUARDA.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

CCEPA NA MÍDIA

A busca da justiça
Milton Medran Moreira – Advogado e jornalista, diretor 
do Centro Cultural Esp[írita de Porto Alegre

Os leitores de Zero Hora se comoveram ao ver o desabafo de um pai, em página inteira, no dia em que se completavam 11 anos do assassinato do filho, sem que se tenha sequer identificado o responsável.

Em país, onde só cerca de 8% dos homicídios dão origem a processos criminais, diz-se: a justiça dos homens falha, mas a divina jamais. A dicotomia justiça divina/justiça humana pode ser consoladora, mas não aplaca a dor de quem vê se perenizar a impunidade. Afinal, nem todos creem em Deus ou em algum sistema infalível de justiça a se operar após a morte.

Seria possível conceber uma justiça infalível? Só mesmo numa sociedade em tudo o mais infalível, e composta de infalíveis indivíduos. Aí estamos falando em perfeição, que ninguém ousa atribuir a um indivíduo ou a qualquer comunidade deles.

Estaríamos, então, condenados ao caos? Se os mecanismos da vida não asseguram a realização da justiça, a vida não tem sentido. Parafraseando Dostoievski, cujos personagens de Os Irmãos Karamazov afirmam que "se não existe Deus, tudo nos é permitido", poderíamos apregoar: se a justiça não existe, tudo está liberado.

O jeito de sair disso não está exatamente na fé numa divindade apta a compensar, tão logo morramos, todas as injustiças aqui cometidas, mas na crença da perfectibilidade do ser humano, sujeito a uma lei natural de evolução a se operar gradualmente pelas instâncias todas da vida. Superar o dualismo vida/morte pela dialética nascer/morrer/renascer/progredir sempre, permite vislumbrar a perfectibilidade da justiça. 

Fora disso, só restam duas alternativas: negar a existência da justiça como valor inerente à vida, ou relegá-la a dimensões para além do humano. Se inviável sua realização, inviáveis também o perdão e a tolerância que o humanismo nos legou. Quando não alcançável a justiça, sobrará apenas o desejo de vingança, mesmo que dissimulado em justiça.
Por certo, não é o que quer aquele pai, mas é o que a sociedade estimula, quando descura do dever de, permanentemente, buscar a justiça, alimentando a crença de ser ela humanamente viável sem que, para isso, se tenha de ferir a dignidade humana.


Artigo publicado no jornal ZERO HORA de Porto Alegre em 10.10.2016

domingo, 2 de outubro de 2016

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

CCEPA NA MÍDIA

O pacto esquecido
Milton R. Medran Moreira: Procurador de Justiça aposentado, diretor do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.

O Estado não pode impedir que alguém tome um táxi e, no percurso, sequestre e mate seu motorista. Mas o Estado pode e deve criar condições para que não transitem pelas ruas de uma cidade pessoas capazes de praticar tais atos. Aliás, é justamente para isso que existe o Estado.

A liberdade de ir e vir talvez seja o elemento que melhor caracteriza o conceito de civilização. Civilização vem do termo latino "civitas", cidade. Define o locus em que convivem e se movimentam os cidadãos. É o espaço público cuja criação teve como pressuposto o que os filósofos chamaram de pacto social. Para viabilizá-lo, o ser humano, até então tido como o próprio "lobo do homem", precisou renunciar a alguns direitos de que se julgava detentor: o de destruir o outro para preservar seu próprio espaço, o de revidar com igual violência as agressões de que se julgava vítima, o de ser, enfim, legislador, julgador e executor de suas conveniências.

Não fosse esse hipotético pacto, não haveria Estado, não precisaríamos de governo, de juízes e de executores das leis que regulam nossa convivência. Não haveria civilização, enfim.

Numa extremada simplificação — mas à qual convém recorrer em momentos de crises graves como a que estamos vivendo —, ao Estado cabe precipuamente definir quem pode e quem não pode circular livremente pela civitas. E dela retirar os que não se habilitaram ainda à civilização.

O "ainda" do período anterior entenda-se como expressão da mais otimista crença no ser humano. É adesão à corajosa assertiva socrática de que ninguém é deliberadamente mau. Amor, bondade, solidariedade são qualidades intrinsecamente humanas. Repousam no seu espírito imortal e ali dormitam, às vezes, por milênios, à espera de serem despertadas. À educação competirá tirá-las do sono, burilá-las e qualificá-las, habilitando o indivíduo ao convívio civilizatório.

Quando, vencido o egoísmo, firmamos o contrato social, estávamos certos de que o Estado seria o agente primordial dessa tarefa. Não podemos ter-nos enganado. E não nos conformamos que o Estado nos engane.


Artigo publicado no jornal ZEO HORA de Porto Alegre em 14/09/2016

terça-feira, 31 de maio de 2016

XXII CONGRESSO ESPÍRITA PAN-AMERICANO

DURANTE O CONGRESSO REALIZADO NA CIDADE DE ROSARIO - ARGENTINA, A JUIZA BRASILEIRA JACIRA JACINTO DA SILVA FOI ELEITA PRESIDENTE DA CEPA-  ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA INTERNACIONAL, NOVA DENOMINAÇÃO DA CONFEDERAÇÃO ESPÍTITA PAN-AMERICANA.


segunda-feira, 9 de maio de 2016

sábado, 30 de abril de 2016

CCEPA 80 ANOS – 1936/2016

Colaboradores e amigos do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre reuniram-se festivamente no dia 23 de abril para comemorarem o 80º aniversário da instituição.
Depois da abertura da reunião e dos comentários do presidente Salomão J. Benchaya, manifestaram-se vários companheiros presentes, destacando-se o presidente da CEPABrasil Homero Ward da Rosa e o ex-presidente da CEPA Milton Medran Moreira, todos destacando o papel histórico desta pequena sociedade na permanente busca de um espaço para o desenvolvimento de um espiritismo laico, dinâmico, progressista e livre-pensador.


Abaixo alguns flagrantes do encontro na sede do CCEPA:

Abertura do encontro com Homero, presidente da CEPABrasil, Salomão Benchaya e Milton Medran Moreira























Manifestação do presidente da CEPABrasil, Homero Ward da Rosa
Manifestação da Pedagoga Dirce Habckost de Carvalho Leite


Jones e o bolo na confraternização

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

DIVULGADOR 2015

CCEPA OPINIÃO AGRACIADO
COM SELO “Divulgador 2015”

O jornal CCEPA OPINIÃO, editado pelo Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, acaba de ser agraciado com o selo digital “Divulgador 2015”, distinção instituída pela Agência KPC de Notícias Espíritas (João Pessoa/PB). Na categoria “jornais”, o órgão oficial do CCEPA foi contemplado, juntamente com estes outros periódicos espíritas: O Sol Nascente (RJ); ComunicaAção Espírita (PR); Correio Fraterno (SP); O Clarim (SP);Brasília Espírita (DF); Verdade e Vida (SP); O Mensageiro (SP); Lampadário Espírita (PE).

De acordo com a gazeta digital “Kardec Ponto Com”, editada mensalmente por aquela agência noticiosa, a seleção foi feita segundo escolha livre da comissão composta por Carmem Barros (PB), Saulo Rocha (PE), Jorge Santana (SP), J. J. Torres (DF), Ondina Alverga (BA) e Marcos Toledo (RN).  O selo simboliza “o reconhecimento pelo trabalho bem feito”.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

domingo, 13 de dezembro de 2015

A PROPÓSITO DO NATAL

POSSIBILIDADES
Dirce de Carvalho LeiteDirigente de Grupo de Estudos do CCEPA
                                  
Tudo na vida é possibilidade que se apresenta para nós para construirmos o que desejarmos. Impossível ter neutralidade, pois não desejar e não escolher é também uma forma de se posicionar diante da vida.

O momento presente, independente de datas demarcadas para celebrações, é sempre aquele que se abre em possibilidades para continuarmos como estamos ou para viver diferentemente, de um modo sempre mais lúcido, mais rico, mais feliz.

A possibilidade mais fecunda é a de nos conhecermos e de, ao fazê-lo, superarmos obstáculos, insuficiências, ignorâncias, sentimentos, desejos, pensamentos que nos seguram na imobilidade e na petrificação de comportamentos que não contribuem para nossa felicidade e para a dos que nos cercam.

Possibilidades de mudança para um estado de ser e de existir mais pleno pedem planejamento e determinação. Sempre podemos apressar, com vontade e disciplina, o nosso ritmo de crescer, de evoluir. Cada dia e cada momento são apropriados para avaliações pessoais. Postergar pode nos privar das realizações, pois, o dia de amanhã já nos escapa. Avaliações nos apontam equívocos de toda ordem e apontam para transformações buscadas. Diagnósticos identificam o que precisa ser tratado, enfrentado para ser curado por nós mesmos.

Avaliações e diagnósticos existem para nos impelir para a frente, superarmos lamentações e, servindo-nos das lições colhidas, construirmos, com leveza e alegria novos patamares de sabedoria.

As datas do calendário deveriam ser apenas momentos de celebrações daquilo que fazemos em cada minuto da vida. Um aniversário, a celebração de uma vida rica de amor dado e recebido; uma páscoa, a celebração das tantas “passagens” que nos edificaram; um natal, a celebração de todos os “nascimentos” interiores que nos tornaram pessoas mais fáceis de conviver e mais potentes para amar quem nos rodeia.

Datas são, portanto, possibilidades de celebração... Celebração daquilo que cada novo dia nos convida a viver: a coragem nas lutas; fé em nós mesmos e em Deus; fraternidade em nossas falas, escutas, ações; alegria em partilhar o que temos de mais precioso; procura constante pelo saber; ampliação da nossa maturidade; sentimento de utilidade ao próximo; construção de uma história de vida sempre mais cheia de amorosidade para conosco mesmos e para com o nosso semelhante, para com todos os nossos semelhantes.

QUE A DATA QUE SE APROXIMA SEJA POR NÓS CONVERTIDA EM POSSIBILIDADES DE CONCRETIZAR A PAZ, A JUSTIÇA, O AMOR E A VERDADEIRA CARIDADE.    
  

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

HOMENAGEM A KARDEC NO MARANHÃO

Uma solene homenagem
a Allan Kardec
Conferência do ex-presidente da CEPA e atual presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Milton Medran Moreira, marcou homenagem solene a Allan Kardec, prestada pela Assembleia Legislativa do Estado brasileiro do Maranhão, em sessão solene, no último dia 1º de outubro.
A solenidade assinalou o Dia Estadual do Espiritismo, que, por força de lei estadual é comemorado, no Maranhão, pela passagem do aniversário de nascimento de Kardec, em 3 de outubro.
A sessão foi presidida pelo Deputado Adriano Sarney e se iniciou com uma homenagem feita por Herbert Morais, presidente do Instituto Estadual do Pensamento Espírita, à memória do maranhense Carlos Augusto Gomes, bisavô do Deputado Adriano Sarney, e doador do prédio onde funciona a Federação Espírita do Estado do Maranhão.
Na sequência, usou da palavra o presidente da Federação Espírita Estadual, Osmir da Silva Freire que registrou os agradecimentos da comunidade espírita do Maranhão pelo ato em homenagem ao “codificador do espiritismo”.
Seguiu-se a conferencia de Medran que, por cerca de uma hora, ocupou-se do tema “Os Desafios do Século XXI e o Espiritismo”, assinalando a plena identidade do pensamento espírita, estruturado no Século XIX, com os projetos e anseios que marcam o Século XXI, tais como: o combate ao racismo e ao fundamentalismo religioso, o acolhimento e a integração de migrantes e refugiados que fogem do terrorismo, a plena igualdade de direitos de pessoas de diferentes gêneros.

O ex-presidente da CEPA destacou que a base filosófica humanista e espiritualista conferida por Allan Kardec à filosofia espírita garante a plena identidade do espiritismo com os esforços humanos desenvolvidos nesta quadra da História em prol da fraternidade, do progresso e da paz em todo o Planeta. 

terça-feira, 9 de junho de 2015

CIRCULAR



CIRCULAR NRO 1 / 06/ 2015-06-05
                                                                                              RAFAELA, junio de 2015.-
Queridos amigos:

1.       El XXII Congreso Espírita Panamericano se realizará desde el 25 al 28 de Mayo de 2016, en la ciudad de Rosario, Argentina. El lugar se denomina Centro de Convenciones Puerto Norte, y es un bello y cómodo espacio contratado para tal fin, con instalaciones adecuadas para reuniones plenarias, talleres, conferencias y esparcimiento.
2.       Este próximo año 2016, la CEPA cumple 70 años, habiéndose fundado el 5 de Octubre de 1946, en la ciudad de Buenos Aires. Así, este XXII Congreso, será una oportunidad propicia para festejar este importante aniversario.
3.       La Organización del XXII Congreso está a cargo del grupo perteneciente al Consejo Ejecutivo cuya presidencia actualmente está en la ciudad de Rafaela, a cargo de Dante López. Un número importante de colaboradores pertenecientes a Sociedad Espiritismo Verdadero, Sociedad El Vector y Sociedad Demetrio Montú, ya están en plena tarea frente a los múltiples frentes que demanda la preparación del mismo.
4.       El tema central elegido es “La espiritualidad en el Siglo XXI”, y los detalles de su justificación se encuentran en el documento anexo. La programación del Congreso está siendo diseñada y será dada a conocer a medida que surjan las novedades correspondientes.
5.       Durante el Congreso se realizará la Asamblea General, en donde se informará lo actuado en el período 2012-2016, se implementarán las reformas consensuadas a través del Plan Estratégico y se nombrará las nuevas autoridades. También, de acuerdo a estas nuevas modificaciones a implementar, se presentará la reforma de los Estatutos de la institución.
6.       Por estas razones,  será de máxima importancia que todas las Instituciones, grupos afines y personas integrantes de los cuadros de CEPA, se hagan presentes en este evento, dando brillo y confiriendo legitimidad a sus deliberaciones.
7.       En este sentido, es con mucha alegría que, en nombre del Consejo Ejecutivo de CEPA y de la Comisión Organizadora del XXII Congreso Espírita Panamericano, estamos invitando a los queridos compañeros a que organicen una delegación representativa para participar de este momento histórico y de inmensa confraternización y espiritualidad.

Esperamos abrazarlos en Rosario!

Dante López                                                                    Raúl Drubich
Presidente                                                                       Secretario General